terça-feira, 22 de novembro de 2011

Amor Distante



Ah! Como eu quero viver o amor que um dia experimentei...
É um amor distante, mas muito presente;
É um amor lindo, muito lindo, mas eu ainda não o vi de perto;
É um amor forte, mas que nos torna sensíveis, simples e inocentes como crianças;
É um amor grande, mas que nos torna pequenos e desprovidos de desejos de grandeza;
É um amor de primavera, mas que está presente em todas as estações do ano;
É um amor atrevido, mas que sabe respeitar o coração amado;
É um amor que chora com a distância e uma possível separação, mesmo quando os corpos nunca estiveram juntos;
É um amor que traz paz em meio a tanta dor causada pela distância;
É um amor que encurta a distância e une dois corações em um só coração;
É um amor que dá esperança de encontro inesquecível;
É um amor que dá a certeza de nos pertencermos, mesmo quando as impossibilidades são reais;
É um amor que vivifica;
É assim! Isto é o nosso amor.


A menina dos olhos castanhos;
dos cabelos compridos;
da voz irritante;
do sorriso sincero;
dos sonhos impossíveis;
da esperança interminável;
da insegurança constante;
dos amigos perfeitos;
do coração enorme;
que se apaixona fácil;
se esquece dos erros;
se envergonha de tudo;
se sente sozinha;
e que nunca desiste.
A menina que precisa ser protegida;
que chora por tudo;
que morre de medo;
que ama a vida;
que se arrepende das falhas;
que aproveita cada segundo;
que é romântica;
que fica feliz com um abraço;
que sonha demaaaais;
que pensa demaaais;
que escolhe demaais;
que complica demaais
 e que deseja apenas ser FELIZ !!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Eu quero a sorte de um amor tranquilo

Eu quero a sorte de um amor tranquilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum veneno anti-monotonia

E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão, e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo o amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria
Frejat Cazuza

Os Amantes de Novembro

Ruas e ruas dos amantes 
Sem um quarto para o amor 
Amantes são sempre extravagantes 
E ao frio também faz calor 

Pobres amantes escorraçados 
Dum tempo sem amor nenhum 
Coitados tão engalfinhados 
Que sendo dois parecem um 

De pé imóveis transportados 
Como uma estátua erguida num 
Jardim vo'tado ao abandono 

De amor juncado e de outono. 

Alexandre O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca