quinta-feira, 26 de maio de 2011

POEMA ARDENTE



Conta pra mim...
O teu céu é azul, e os
teus pés ardem de frio?

Digo-te meu azul
São teus olhos em mim
E o frio, o arrepio
Que percorre meu corpo ao ver-te
A tua poesia é um rio,
e os teus olhos são
de aço, o teu corpo pede
o meu pedaço?

Digo-te a palavra é afluente de ti
Engana-te... O frio dos meus olhos
É disfarce... Minha pele pede a tua
Conta pra mim...

Digo-te agora, tudo
O que eu não soube dizer
E te magoei...
A tua fome é real, os
teus sonhos ardem de frio?

Quero-te numa ânsia verdadeira
Sinto frio... Da saudade de ti...
A tua saliva é um rio,
neste meu corpo azul?

Digo-te, meu beijo é afluente em  ti
Depositário do meu desejo em teu corpo
Conta pra mim...

Digo-te que teu perdão
Serenou minhas dúvidas... Amo-te!

O teu amor é de papel,
e as tuas palavras ardem de frio?

De papel são meus sonhos, longe de ti
Minhas palavras te buscam
 No inverno da distância...
Quero-te por perto... Assim como agora.
A tua pele transpira o meu
gosto, e a tua alma sossega
o meu rio?
Conta pra mim...

Eu te conto que a cada encontro
Sou rio, sou palavra, sou paixão
Sou aquele que te busca
Nos questionamentos que fazes
Nas perguntas sem respostas...

O teu amor é desafio,
é por isso que eu te amo
neste poema ardente
que morre... De frio?


Denise Severgnini

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